Vale a pena ter saudade
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Há 49 anos, Atlético de Dadá derrotava a Seleção Brasileira de Pelé

03 de Setembro de 2018

Nos porões da Ditadura, que chegava ao ápice em 1969, o silêncio de medo deu lugar ao grito de “Galo” há exatos 49 anos. Representando Minas Gerais, o Atlético derrotou a Seleção Brasileira, por 2 a 1, no Mineirão, e acirrou ainda mais o duelo pessoal entre os técnicos Yustrich e João Saldanha.



Naquele 3 de setembro, 71 mil pessoas encheram o Gigante da Pampulha, que estava prestes a completar quatro anos de existência, e viram Dadá Maravilha e companhia derrotarem aquela que seria a base do time que, no ano seguinte, conquistaria o tricampeonato mundial, no México. A vaga na Copa tinha sido garantida apenas trës dias antes.

Pelé, na época, ainda buscava o milésimo gol; feito alcançado dois meses depois, no Maracanã.



“Antes do jogo, entrevistaram o João Saldanha (técnico da Seleção) e perguntaram por que eu não era convocado. Ele respondeu que eu era um perna de pau e tinha dez atacantes melhores do que eu”, contou Dario em entrevista ao Hoje em Dia, concedida em 2014. “Os repórteres me mostraram essa gravação e isso me motivou mais”, acrescentou.



O ex-atacante, segundo maior artilheiro do Atlético, com 211 gols, ainda disse que aquele tento foi mais importante do que o marcado no título brasileiro de 1971, quando balançou a rede do Botafogo.



Rivalidade dos técnicos 



Apesar de não passar de um amistoso, o duelo entre Atlético, que naquele dia vestiu a camisa da Federação Mineira, e Seleção Brasileira, ganhou ares de decisão. Tudo pela rivalidade entre os técnicos João Saldanha e Yustrich.



Conforme relato do ex-goleiro Mussula, titular do Atlético, tudo começou quando Yustrich questionou a escolha de Saldanha, que era jornalista, para treinar a Seleção. A partir daquele momento, ambos protagonizaram capítulos de guerra.



“Uma vez o João Saldanha entrou na concentração do Flamengo (em 1970) de arma na mão para pegar o Yustrich. Nenhum dos dois aceitava perder o jogo”, contou Mussula. 

A alegria do comandante atleticano foi tão grande com o triunfo que, quando o árbitro carioca Amilcar Ferreira terminou a partida, ele invadiu o gramado do Mineirão pulando e comemorando feito um torcedor.



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