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'Deadpool 2' dá a Ryan Reynolds a chance de redimir os erros do passado, dentro e fora das telas

15 de Maio de 2018

Sem a vantagem do fator surpresa de seu antecessor, “Deadpool 2” estreia no Brasil nesta quinta-feira (17) com dois grandes desafios:




  • Manter o nível altíssimo estabelecido pela produção anterior;

  • Continuar o caminho de purificação de Ryan Reynolds através da “auto zoação” em busca da redenção, já que o ator claramente acredita que precisa pagar por pecados como o pavoroso “Lanterna Verde” (2011) ou a desastrosa primeira versão do mercenário falastrão nos cinemas, “X-Men Origens: Wolverine” (2009).



De certa forma, consegue superar tais obstáculos, que inexistiam no caso do primeiro, de maneira louvável. A continuação é engraçada, apresenta belíssimas – e sanguinolentas – cenas de ação e conta com uma história que mantém um bom nível de simplicidade, mesmo com as dificuldades de seus elementos de viagem no tempo.



Por outro lado, sofre em diversos momentos com a insistência em piadas que até foram engraçadas da primeira vez, mas que soam repetitivas lá pela vigésima, e ao perder o raro equilíbrio entre referências nerds que só funcionam para os fãs mais assíduos e momentos que podem agradar a todos.



Dessa vez, o anti-herói vivido por Reynolds decide impedir que um misterioso soldado do futuro, Cable (Josh Brolin), mate um jovem mutante transgressor (Julian Dennison). Para isso, ele reúne uma equipe de heróis improváveis como a mercenária Domino (Zazie Beetz), uma guerreira com o improvável super-poder de contar com uma super sorte. Nada muito explicado. Tudo muito Deadpool.



Mas, se antes tais momentos aconteciam para adicionar à trama, em “Deadpool 2” muitas vezes parece que a história existe apenas para justificar mais uma sacadinha de metalinguagem.



Sim, é divertido lembrar que Brolin também interpreta o vilão em outro grande sucesso super-heróico do ano – você talvez conheça, chama “Vingadores: Guerra Infinita”.



No entanto, simplesmente jogar o nome ao vento e esperar que o fã se sinta muito esperto por pegar a referência é exatamente o tipo de coisa que o anterior não poupava do ridículo.



É como se “Deadpool 2” quase se tornasse aquilo que “Deadpool” mais temia: uma paródia de si mesmo.



Expiando Reynolds



O ator canadense é o primeiro a lembrar que já fez sua cota de filmes ruins, ou pelo menos condenáveis. Além dos já citados aqui, há “Blade: Trinity” (2004) e “R.I.P.D. - Agentes do Além” (2013), no gênero de super-heróis, e “O dono da festa” (2002) e “A proposta” (2009) – o último, aliás, rende um dos melhores momentos de metalinguagem.



Como protagonista e produtor executivos das adaptações com Deadpool, ele claramente toma a atitude daquela pessoa que usa o humor para sair de situações desconfortáveis.



Através das belíssimas cenas no meio dos créditos, provavelmente as melhores nessa onda atual, ele merece se sentir finalmente puro dos erros do passado. Quem sabe assim ele consiga seguir em frente. A inevitável continuação só tem a ganhar com isso.



A seu lado, os novos personagens de Brolin e Beetz são duas grandes adições à franquia mutante, com atuações que justificam sua presença, mesmo que o roteiro não se preocupe tanto com isso.



Além de Reynolds, a brasileira Morena Baccarin também retorna como sua namorada, em uma participação pequena, mas que dá o tom pessoal necessário à cruzada do mercenário.



“Deadpool 2” é grande vítima da força do primeiro filme. Sozinho, poderia ser novamente uma agradável surpresa, mas sofre um pouco com a comparação e às vezes exagera a mão. Nada que o personagem fosse ligar muito. Ele já redimiu Reynolds, está livre agora para continuar seu próprio caminho.



Essas são as noticias de hoje, sobre o filme que acontecera nesta quinta-feira, “Fica a dica para você que não escolheu uma programação ainda” fique ligado que logo mais teremos mais algumas noticias sobre este assunto eim.



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